sábado, 25 de outubro de 2008

Enlaça-me a Alma e dança.
Solta de mim a fera, enjaulada, aquietada em espera.
Liberta a fêmea que habita em seiva
circulante na rosa que mordo sob a boca
e que agora te ladeia, em compasso, sobre a mesa-palco,
serena e mansa.
Dança a Valsa, dança um afectivo,
pausado, dorido, Tango antigo.
Mas dança, baila, baila um bailado doce, infindo.

Cinge-me as veias, filão vermelho do corpo,
num aperto longo, louco. No destemperamento.
Como se fossem elas as tuas próprias raízes.
Deixa que brote árvore, frondejante.
Deixa que exploda em perpétuas ramagens,
e sejam elas de nós abrigo, acolhimento.

Dança, desliza, leve brisa, nesta adusta pista.
Passo, a passo, por dentro da enseada
da aurora boreal da madrugada.
No toque leve
No afago
No instinto.
Breve. Voguemos elevados, diáfanos ou divinos,
na ponta convincente do cometa. Na saliva
com que desfolhamos, uma a uma as páginas
de um envelhecido livro da Vida
em busca da sua essência.
No esmero, na sapiência ...

Enlaça-me a Alma e dança.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Janta
(Marcelo Camelo, Mallu Magalhães)

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
pode ser cruel a eternidade
eu ando em frente por sentir vontade

eu quis te convencer mas chega insistir
caberá ao nosso amor por o que há de vir
pode ser a eternidade má
caminho em frente pra sentir saudade

paper clips and crayons in my bed
everybody thinks that I'm sad
i take my ride in melodies and bees and birds
will hear my words
will be both us and you and them together
i can forget about myself trying to be everybody else
i feel allright that we can go away
and please my day
I'll let you stay with me if you surrender